A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida do Taboado realizou, em parceria com a Cia do Sol, uma grande campanha de prevenção de DSTs/AIDS, para todos os agentes de saúde, todos os professores e cerca de 2000 adolescentes e jovens acima de 12 anos, nas escolas. Segundo o Ministério da Saúde, a faixa etária onde as estatísticas mais aumentam é justamente a dos jovens, que apesar de já terem ouvido falar da necessidade de usar o preservativo, não dão a devida importância á gravidade da situação.
Considerando este aspecto a Cia do Sol tirou do fundo do baú a Showlestra Ai, aiai, aiai, que discute de forma divertida esse problema tão sério.
Através de brincadeiras e muitas risadas, os jovens vão, aos poucos, compreendendo os riscos que estão correndo ao terem vários parceiros, não fazerem uma higiene correta e não usarem o preservativo sempre. Conhecem o Jhonis, que reclama dolorido, dos maus tratos que recebe do seu dono.
E também conhecem o Mano Caveira, dono do Jhonis, que mostra toda sua
comportamento inconsequente vai levá-lo. Outro personagem interessante é a Maria, que representa a pessoa que cuida, a avó da SIDA, e alerta para o descomprometimento dos pais, a falta de diálogo, a ignorância de achar que discutir sexo é estimular os jovens a praticá-lo e até mesmo a falta de conhecimento sobre os riscos para poder prevenir seus filhos.
Durante toda a primeira parte da Showlestra as personagens vão mostrando comportamentos de risco de forma engraçada, levando a platéia ás gargalhadas.
No final da primeira parte o Jhonis pede por ajuda da platéia, e um aluno sempre se dispõe a ajudá-lo, mostrando a todos como colocar a camisinha.
Uma vez protegido, o Jhonis vai embora e começa então a segunda parte da Showlestra, onde são mostradas no telão as fotos das DSTs mais comuns e são esclarecidas as formas de contagio e de tratamento, no intuito de mostrar o quanto podem ser doloridos estes tratamentos e que tudo isso pode ser evitado com uma simples atitude, o uso da camisinha.
O que mais surpreende nesse trabalho são as perguntas que os adolescentes fazem ao final, quando os palestrantes abrem para esclarecer dúvidas. Pelas expressões e questionamentos fica muito claro que muitos meninos e meninas de 12 anos já tem uma vida sexual ativa, sem ter no entanto, a menor noção dos riscos que correm. Muitos chegam com olhar assustado, perguntando coisas específicas, e na maioria das vezes reclamam que não tem esse tipo de diálogo em casa.
Por isso deixamos um alerta para os pais: "Conversem com seus filhos sobre sexo, porque se não conversarem eles vão fazer sem consciencia e os resultados podem ser bem piores do que enfrentar a vergonha e ter uma conversa aberta!"